Mas ela é algo que eu não posso descrever, com minhas limitações de imagens, meu deus que insiste em surgir de noite, meus medos de ser pequeno. E como descrever aquilo que é maior? Minhas palavras ajoelham-se e prestam reverência às palavras dela: "Fizemos mesa e cadeira, mesa pra sentar, cadeira pra pousarmos."
E ela deve estar agora, olhando o teto e imaginando-se presa num mundo que não ouve sua voz, não sabe seu cheiro e não entende seu fogo. Não. Não entende. Há de ser um jogo maligno: a voz que fala as palavras mágicas puxa o pé para o fundo de um poço. Ou para o buraco do coelho.
(Conselho, de formiga, humildemente: Ofereças só teu coração se o prêmio for, ao final do dia, ver um sol de caramelo. Se for somente para expurgar seus pecados ainda não cometidos, sinta-se livre para seguir o primeiro parágrafo: seja feliz...mesmo eu sabendo que há uma maldição em cantarolar os verbos infinitos, como você faz, em cada sílaba.)
E eu, com lágrimas escorrendo pelo coração, desejo que os dados não a firam e não a machuquem. Que a armadura dela seja tão grossa quanto a minha...mantendo um coração que não deve chorar, como o meu...
Já ganhei queimaduras, mas elas nunca serão suficientes...
ResponderExcluirPenso que a armadura é grossa, mas quantas brechas terá? Inúmeras e pouquíssimas. P. não cabe em nada.
PS: Vai tomar no cu.
Que lindo...
ResponderExcluirQueria que meu coração fosse igual ao teu!
The girl with caleidoscope eyes deserves all this poetry.
ResponderExcluiroi meu amor, ta bonito isso aqui, hein? esfumaçado, smoke get in MY eyes. tem poesia lá hj, acho q vai haver mais alguma por alguns dias. dias quentes, modorrentos, tristonhos, cansativos, sonolentos, esfumaçados...ontem dormi 24 hs. teria dormido mais. queria poder dormir mais. que merda, parece até uma ditadura da vigília...
ResponderExcluirbj