
Não compreendia que o que amamos somos nós, num espelho desconexo e uma imagem que ali, ao nosso lado, colocamos, são nossos sonhos: de algodão-doce, tão palpáveis quanto a neblina. A qualquer frase dita, sem ser aquela que imaginávamos melhor, o castelo ruiria. A qualquer gesto menos quixotesco, como passar manteiga no pão, os pés começariam a querer correr, para longe, para nunca. Ao cheiro humano, sentiríamos a náusea da existência se consumar. A qualquer escolha de música, veríamos que nossa trilha sonora ainda não foi composta. A ampulheta virada e a areia escorrendo lentamente seriam nossos companheiros inseparáveis.
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E digo, do fundo de um ser que ecoa, vazio como uma catedral, que o amor vale pelos dias que ele nos ilusiona. A mágica há de ser descoberta, é verdade, mas até lá, a areia da ampulheta irá, misteriosamente, parar. Até lá, o aqui será um lugar menos medonho para se estar.
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Precisas saber: estou a espera, olhando para a porta, sentindo o coração disparar aos sons dos passos.Não demore.
Saudações!
ResponderExcluirQue lindo! Estou procurando palavras para descrever este post, mas é quase impossível. É como se fosse transportada para outra era, outra realidade... Um lugar mais seguro.
Qual foi tua inspiração? Na realidade, qual é a tua inspiração? Escreves tão bem...
Desejo-lhe um excelente final de semana!
Algumas imagens que rodam em torno do meu cérebro e insistem em sair...Bom final de semana para ti, também.
ResponderExcluirDivinas. É tudo o que tenho a dizer.
ResponderExcluirAdmiro-te.
Obrigada!!!
'Fragmentos' está sendo meu furacão.
ResponderExcluirIncisivo, lírico, em suma, um baita texto.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPaola: No vórtice, todo furacão é calmo e silencioso...
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