Que mão poderia desenhar, tal geometria?
Que abre num rompimento o susto do mundo,
de uma forma que já não mais existia?
Inventa-nos, novamente,
o céu, a lua, as estrelas,
pois era isso que, em criança,
nos sonhos, eu via!
Que olhos me resgatam dessa agonia?
Que surge sem surpresa do sono profundo,
sem convite, revelando o que não se via?
Ensina-nos, caridosamente,
o escudo, a mortalha, as velas,
pois é isso que, sem esperança,
ainda me protegia!
E ao deixar terra arrasada,
deixa uma lágrima de garantia,
de que no fim da estrada,
será começo de dia!
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