quinta-feira, junho 07, 2012

MAGNUM OPUS


Já há muito não se erguem os brados.
Já não se escrevem velhos doces versos,
Não pousas mais para os tristes quadros,
Estás sozinho e em si mesmo imerso...

Do tempo que a mão a ti se erguia,
restou somente em recuo a sombra ,
do susto, como nunca antes se via,
um som distante que não mais ressoa...

Estás sozinho, em solene descaso,
pois de ser, tornou-se somente obra
de um olhar, que só te vê todo raso.

Talvez antes não fostes, nem agora,
de ti nada restará, estás no ocaso,
de uma vida que não deixou-te sobra.

2 comentários:

  1. Mui belo...
    És um poeta... Sabes como dominar as palavras, algo que ainda busco nesta vida terrena.
    Saudações!

    ResponderExcluir