Porque me é tudo novo e insuspeito
não tenho ainda a voz que seja a justa
medida do mundo, de dores feito,
mas hoje tão estranho que assusta!
A pedra e a espada tão conhecidas,
quedadas em algum canto do lar,
abrem espaço para novas feridas,
ou para um caminho ainda no ar.
Se sei algo do mundo é a queda,
o escuro e o conforto da solidão,
me surpreende o que não é perda.
Mas falo agora com o som do trovão,
da chuva que esteve sempre em espera,
pingando teu nome em novo verão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário