terça-feira, maio 17, 2011

Porque me é tudo novo e insuspeito
  não tenho ainda a voz que seja a justa
  medida do mundo, de dores feito,
  mas hoje tão estranho que assusta!

  A pedra e a espada tão conhecidas,
  quedadas em algum canto do lar,
  abrem espaço para novas feridas,
  ou para um caminho ainda no ar.

 Se sei algo do mundo é a queda,
 o escuro e o conforto da solidão,
 me surpreende o que não é perda.

 Mas falo agora com o som do trovão,
 da chuva que esteve sempre em espera,
 pingando teu nome em novo verão.

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